Em depoimento na Polícia Federal, o chefe do tráfico na Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o “Nem”, afirmou que metade do que faturava era entregue a policiais. O secretário José Mariano Beltrame disse que o bandido, descoberto ontem no porta-malas de um Corolla, no Rio, tem que prestar contas sobre a corrupção de agentes públicos: "Eu acho que isso faria com que se desse um passo importante no combate à criminalidade”. Segundo Nem, a propina gorda era entregue a numerosos agentes públicos. O traficante mais procurado do Rio deu detalhes, inclusive datas, de casos de extorsão. Ainda no depoimento, Nem afirmou que, devido às constantes extorsões, em alguns períodos seu faturamento era zero. Segundo estimativas da Polícia Civil, não confirmadas no depoimento, o traficante faturava mais de R$ 100 milhões por ano. |
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Prisão do traficante Nem é um dos assuntos mais falados do Facebook |

uniforme em foto (Foto: Divulgação / Seap)
Mais cedo, a Seap divulgou, em nota, que Nem não tem direito a receber visitas e nem a tomar banho de sol, por enquanto. A Seap informou, ainda, que o criminoso está preso em uma cela individual.
O traficante foi preso por PMs do Batalhão de Choque no início da madrugada de quinta-feira (10), na Lagoa, também na Zona Sul. Ele estava escondido no porta-malas de um carro. Os PMs encontraram no veículo onde estava Nem, cerca de R$ 180 mil, e cinco celulares.
Além de Nem, foram presas outras três pessoas, que também estavam no carro. Uma delas, segundo a PM, disse que seria cônsul honorário da República Democrática do Congo.

Na tarde de quarta-feira (9), quando foram presos cinco traficantes e cinco policiais – três civis e dois ex-PMs -, que escoltavam o bando que tentava fugir da Rocinha, os policiais federais encontraram R$ 121.899 e 155 euros, em espécie, além de jóias.
De acordo com a polícia, os fugitivos estavam divididos em quatro carros: um Astra, um Voyage, um Corolla, e um Civic.
De acordo com o delegado Valmir Lemos de Oliveira, superintendente da Polícia Federal, um dos ex-policiais estava com uma tornozeleira eletrônica de monitoramento, já que cumpria pena no sistema penitenciário. “Essa pessoa estava sendo monitorada por nós”, ressaltou Oliveira.
Além do dinheiro e das jóias, também foram encontrados três fuzis, cinco granadas, 11 pistolas, uma faca, munição, incluindo carregadores de fuzil, documentos, dois notebooks, uma máquina fotográfica, oito celulares, cinco radiotransmissores e tabletes que seriam de maconha e cocaína.
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