Samuel Nunes
Repórter
- Ganhamos um presente de grego neste dia 28, onde é comemorado o dia do servidor público municipal.
Este foi o desabafo de 62 garis que trabalhavam até o início deste ano, na Prefeitura de Montes Claros. Contratados pela empresa Revita, foram surpreendidos ao chegarem para trabalhar e receber a notícia de que estão desempregados. A alegação da empresa é de que o repasse por parte da prefeitura, para pagamento dos garis, estaria atrasado a alguns meses.
Samuel Nunes
Garis se concentraram em frente a câmara municipal e depois se dirigiram para a porta da prefeitura
Reunidos em frente à Câmara Municipal na manhã de ontem, os garis demonstrando revolta e indignação, se dirigiram logo depois para a porta da prefeitura. Depois de alguns minutos decidiram eleger os vereadores da oposição à atual administração, o pastor Altemar e Cláudio Rodrigues, para representá-los e fazer a ponte de negociação com o executivo.
Os parlamentares foram ao terceiro andar da prefeitura para buscar uma explicação por parte do executivo quanto a esta situação. No entanto, não conseguiram conversar com o prefeito que estava em viajem e foram recebidos pelo secretário da Fazenda, Elias Siufi e Pedro Narciso que responde pelas secretarias de Articulação Institucional e de Agricultura. Logo após a reunião, a informação passada aos garis é de que uma solução seria tomada e que, se porventura, não houvesse a possibilidade de voltar ao trabalho na Revita, poderiam ser recontratados pela Prefeitura.
Indignação
Dionísia Ferreira de Souza tem 11 anos de prefeitura e no início do ano, precisamente no mês de março, foi contratada pela Revita para trabalhar na função de gari. Desesperada, ela afirma ainda ter esperança de que a situação seja resolvida e de que ela passe um natal tranqüilo com sua família.
- Quando saímos da prefeitura e fomos trabalhar na Revita, a promessa é de que não perderíamos o emprego. Como eles fazem esta covardia com a gente agora? Se a prefeitura não faz o repasse como a empresa pode nos pagar? Questiona.
Ela completa - Queremos nosso emprego de volta.
Vilma Terezinha, gari, classifica como injusta estas demissões e salienta que foram obrigados a sair da prefeitura e contratados pela Revita. Ela espera que a situação deles volte ao normal. No entanto, todos os 62 garis irão cumprir aviso às vésperas das festividades de final de ano.
Valdivino Batista ao mesmo tempo em que lamenta a perda do emprego, ironiza a situação:
- Este é um verdadeiro presente que ganhamos, mas de grego. Usaram a Revita para nos mandar embora e como estes trabalhadores e trabalhadoras vão sustentar suas famílias? Pergunta.
A colega de trabalho, Maria das Dores Pereira, vai além e afirma que este presente ela jamais irá esquecer. Maria Valdivina Oliveira salienta que depende deste emprego para tirar o sustento de sua família. A expectativa dela é de que volte, em breve, ao posto de trabalho.
Uma reunião aconteceu na tarde de ontem entre o prefeito e os secretários Elias Siuf, Pedro Narciso e João Ferro para se chegar a uma decisão quanto a este assunto, mas até o fechamento desta edição não se sabia qual o resultado prático da mesma.
De: Eventos Moc
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